Fernanda
Heloisa de Mello
Professora
de Educação Física.
Tema
Plano de ações
pedagógicas para prevenção e diminuição do índice de sobrepeso e obesidade em
alunos da E. M. Presidente Arthur da Costa e Silva. 
Justificativa
A obesidade vem
tornando-se um problema comum nas sociedades. Definida por Coutinho (1998) apud
Soares e Petroski (2003) “a obesidade é uma enfermidade crônica que vem
acompanhada de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva
de gordura”. 
A predisposição
genética para a obesidade é um fenômeno biológico de alta complexidade que
aliado ao estilo de vida atual impulsionam o crescimento dos índices de
obesidade em adultos, adolescentes e crianças.  A “correria” do mundo moderno estimula
hábitos alimentares pouco sadios e o sedentarismo.  
Segundo a Organização
Pan Americana de Saúde – OPAS[1], a
obesidade cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos no Brasil. E, de
acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e estatística - IBGE[2], uma em cada três crianças de 5 a
9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde –
OMS. A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de
peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças
o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%. Também o excesso de
peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e ultrapassou, em 2008-09, o
das mulheres, que foi de 28,7% para 48%. Nesse panorama, a Região Sul do Brasil
apresenta os maiores percentuais de obesidade: 15,9% e homens e 19,6% de
mulheres. 
“Hoje, a obesidade
infantil transformou-se num problema sério de saúde, numa epidemia que se vem
alastrando e já atinge parte expressiva da população nessa faixa de idade. As
causas são muitas, mas pesam os hábitos alimentares baseados no fast food,
salgadinhos e guloseimas e as horas passadas em frente da televisão ou jogando
videogame” (VARELLA, s.d.).
         Zamai e Morais (2008) também ressaltam
que: a combinação de pessoas com pré-disposição mais as influências ambientais,
ou seja, alimentação abundante e inadequada e pouca atividade física geraram o
aumento dos índices de pessoas com a obesidade. É importante destacar que as
crianças são mais susceptíveis a esse processo, pois são educados dentro dessa
cultura de excesso de alimentos e pouca atividade física, justamente no período
onde as células do tecido adiposo estão em formação. 
As complicações causadas
pelo excesso de peso e obesidade variam entre aspectos psicológicos como:
discriminação e aceitação diminuída pelo grupo no qual esta inserido,
isolamento em atividades sociais e em ascpectos físicos, relacionados à saúde,
desde os primeiros estágios da infância. 
Segundo Varella (s.d) “a
obesidade infantil é uma doença de consequências graves que se instala em
múltiplos órgãos. Excesso de gordura corpórea na infância é causa de diabetes,
hipertensão, elevação dos níveis de colesterol e triglicérides, tendência à
coagulação acelerada do sangue, alterações na parede interna dos vasos e maior
produção de insulina”. 
Soares e Petroski
(2003) acrescentam que os problemas causados pela obesidade podem ser previstos
em longo prazo de tempo, em especial no crescimento com a menarca precoce; na
respiração com a apnéia do sono, Síndrome de Pickwick; alterações ortopédicas
como epifisiólise da cabeça femural, genu valgo, coxa vara, osteoartrite;
dermatológicas como micoses, estrias; metabólicas como diabetes, resistência a
insulina e ovários policísticos. 
“Os pilares
fundamentais no tratamento da obesidade infantil são as modificações no
comportamento e nos hábitos de vida (tanto da criança como se possível, da
família), que incluem mudanças nos planos alimentar e atividade física”
(SOARES; PETROSKI, 2003). 
 Embasados
no acompanhamento biométrico realizado nas aulas de Educação Física e nas
informações supracitadas, observamos que no decorrer dos anos de 2010/2011
ocorreu um aumento no índice de crianças com sobre peso e obesidade em nossa
Escola.
         Embasados
no acompanhamento biométrico realizado nas aulas de Educação Física e nas
informações supracitadas, observamos que no decorrer dos anos de 2010/2011
ocorreu um aumento no índice de crianças com sobre peso e obesidade em nossa
Escola. 
         Deste
modo verificamos a necessidade da elaboração um plano de ações pedagógicas, para
as aulas de Educação Física, que atuasse na prevenção e diminuição dos índices
de sobrepeso e obesidade entre nossos alunos. 

     Objetivo
Geral
Diminuir o índice de
sobrepeso e obesidade nos estudantes de nossa escola. 
    Objetivos
Específicos
- Conscientizar
     nossos alunos e seus familiares sobre os malefícios à saúde causados pela
     obesidade; 
- Demonstrar
     a importância dos exercícios
     físicos e da alimentação na prevenção da obesidade e melhoria da qualidade
     de vida.
Ações
pedagógicas 
| 
O
  QUÊ? | 
QUEM
  IRÁ PARTICIPAR? | 
| 
Exame
  Biométrico | 
Todos
  os alunos E.F.  | 
| 
Calculo
  do IMC e consulta a tabela de referências.  | 
3º,
  4º e 5º anos  | 
| 
Avaliação
  Biométrica com gráficos gerais de todos os alunos da Escola.  | 
Professora
  Fernanda  | 
| 
Vídeo
  sobre a Obesidade e a importância da prática de exercícios físicos.  | 
Todos
  os alunos E.F.  | 
| 
Visualização
  da Queima de Gordura na realização de exercícios físicos.  | 
Todos
  os alunos E. F.  | 
| 
Caminhada
  e atividades na academia da praça (instrução de como utilizar os equipamentos
  e para que eles servem).  | 
5º
  ano  
3º
  ano e 4ºano  
2º
  ano  
(convite
  para a família  acompanhar o percurso).
   | 
| 
Palestra
  com a Nutricionista Ana Paula; Mostra dos dados obtidos no exame biométrico
  da nossa escola e atividade pedagógica da salada de frutas.  | 
Todos
  os alunos do E. F.  
Com
  convite para participação dos pais.  | 
Avaliação
Durante primeiro
semestre do ano letivo de 2012 serão realizadas duas avaliações biométricas e
comparadas com os resultados da avaliação realizada em dez/2011. As turmas de
1ºano não serão avaliadas, para fins do projeto, pois são alunos ingressantes. 
Referências
SOARES, L. D.; PETROSKI, E. L..   Prevalência, fatores etiológicos e
tratamento da obesidade infantil. Revista
Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Vol. 5, n. 1,
UFSC: 2003. 
         
VARELLA, D.. Crianças
obesas e sedentárias. Acesso em: 17 out. 2011.
Disponível em: http://drauziovarella.com.br/infancia/criancas-obesas-e-sedentarias/ 
ZAMAI, C. A.; MORAIS, J. C.. Análise da incidência de sobrepeso e
obesidade entre escolares de 7 a 10 anos de uma escola pública do distrito de
Sousas-SP. Efdeportes Revista
Digital.  N° 121.  Buenos Aires: Jun. 2008. Acesso em: 17 out.
2011. Disponível em: http://www.efdeportes.com/
 
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